Crônicas de uma roubada anunciada VI (Sábado de noite)...

Dessa vez saímos do hotel mais cedo, por volta de oito da noite. Mais uma vez, eu tentei falar alguma coisa, mas já estava decidido (por quem mesmo?) pra onde iríamos. A idéia inicial dela era irmos comer hambúrguer de novo. Mas aí eu fiquei puto e com o apoio do meu pai dissemos que a gente não ia comer hambúrguer de novo, que a gente queria comer uma comida decente. Uma moqueca por exemplo (era uma cidade litorânea...). No fim, conseguimos... Fomos pruma tal praia do morro (eu não achei um morro, mas abafa...), onde tinha um monte de quiosque. Beleza, quiosque na beira da praia, música ao vivo, cerveja gelada, tava até começando a gostar. Chegando lá, quiseram sentar num quiosque que tinha um cd tocando Calypso ou algo do gênero com um bando de gente feia batendo coxa... Eu falei que nego tava de sacanagem comigo e que era pra gente andar mais pra conhecer (entenda procurar um lugar menos pé de porco...). Encontramos por fim um quiosque com música ao vivo, com um carinha tocando legião e outros rocks nacionais, reggaes e rocks internacionais... Bem legal... Começamos eu, meu pai, meu tio, e o marido dela a encher a cara. Minha mãe, minha tia e as crianças foram fazer um passeio num trenzinho pela cidade... O ponto baixo da noite... Passa um cara do lado da nossa mesa com uma garrafa de White Horse, meu tio pega um copo que tinha vazio, vai até o cara (que ele nunca tinha visto na vida) e pede uma dose. Graças a Deus o cara nos livrou de uma vergonha maior e deu a dose que ele pediu... Meu pai depois disse que quase levantou e comprou uma garrafa pra botar na mesa... Elas voltaram e a tal moqueca capixaba foi servida. PQP!!! Nunca comi um peixe tão ruim na minha vida... Mas fiz questão de comer e repetir só pq ela estava do outro lado da mesa, falando mal do peixe... Nesse ponto, eu desisti de inventar formas de suícidio, pois a mais legal que eu imaginei foi atear fogo no meu próprio corpo e dar piruetas pela rua (mas descartei por achar essa uma forma muito boiola de morrer...). Aí fiquei com medo das outras formas que minha mente alucinada poderia inventar e parei com isso... No fim voltamos pro hotel e fomos dormir sem maiores incidentes... Descontando as voltas e voltas pra achar o caminho de volta...

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