Meio cheio ou meio vazio? 05 (Pernas pra que te quero)

16/01/07 - Quinto dia... Não, eu não comecei o dia fugindo da polícia... O que acontece é que tudo que dava pra visitar a pé eu já tinha visitado na cidade (sim, estamos numa cidade pequena), menos o museu. E eu não tava com saco de andar até o museu de novo. Algo me dizia pra não ir naquela direção... Então resolvi voltar até a ponte do Rio das Antas (terceira maior do mundo na categoria) que eu tinha ido no sábado. O que pega é que eu tinha ido sábado de carro e dessa vez eu iria a pé... Até aí tudo bem... Meti duas garrafas de água na mochila, botei pilha nova no mp3 e vamo que vamo... Saí do hotel eram dez e pouca da manhã... Na saída do hotel ainda descobri que macumba não é exclusividade de preto... Num lugar onde num raio de trocentos metros, eu era a pessoa mais escura que eu encontrei, tinha um despacho na esquina do hotel... Descendentes de italiano também tocam um tambor... Odô Iyá, minha mãe... Mas, voltando... Saí dez e pouca e só fui chegar na ponte quatro da tarde... Isso mesmo. Quase seis horas de caminhada... Pq demorou tanto? Pq eram 25 km, isso mesmo 25 KM de distância entre o centro de Bento Gonçalves e a cidade de Veranópolis, onde fica a tal ponte... Um sol da porra na cabeça... Como andei um tempão sem camisa, tô até agora com a marca branca das alças da mochila nos ombros... Peguei a RST-470 e fui embora... Algumas subidas, mas pra minha sorte, grande parte do caminho era descida, o que deu um ajuda... O cenário era fantástico. Muito verde, muito bicho, tudo muito bonito... E como tinham várias lancherias e fruterias (eles não falam lanchonetes e sacolões...) pelo caminho fui comendo frutas o caminho todo... Nunca me senti uma pessoa tão saudável (no dia seguinte eu ia rever esse conceito...) como durante essa caminhada. O pior foi quando eu cheguei na bendita ponte, que eu já tava achando que ficava na Terra do Nunca (nunca chega)... Tinha uma pousada do lado da ponte e eu entrei lá pra perguntar qual era o horário do próximo ônibus voltando pra Bento, pq se eu tentasse voltar a pé vcs não estariam lendo essa história agora. A dona da pousada olhou pra mim e falou que o próximo só seis e meia!!! Eu quase soltei um sonoro caralho na recepção da pousadinha. Eram quatro da tarde ainda... Mas como não tinha o que fazer, fiquei sentado esperando o ônibus... Quem me conhece, sabe que sentado é modo de dizer, pq minha completa e total falta de paciência não me deixa ficar parado por muito tempo... Finalmente a porra do ônibus chegou e eu consegui voltar pra cidade e depois pegar um táxi pro hotel, pq agora eu só queria um banho e minha cama... Pelo menos tirei uma ótima conclusão disso tudo... Curto muito a facilidade de ter ônibus pra onde eu quiser em no máximo meia hora pra morar num buraco desse... Clica no copo, vai...

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