Piores que o Galvão!

Assistindo o jogo da Itália pela Rai 1 ontem, fiquei com saudade do Galvão Bueno. Os comentaristas são muito, mas muito bizarros. As pérolas foram incontáveis. Eis alguma:

"Ele tinha o ombro avante, mas pra gente é um impedinto que pode ser discutido." Falando de um impedimento do Cassano no primeiro tempo.

"Foi uma gravata, mas não é tão sério." Sobre a gravata que o Thiago Motta deu em um croata no segundo tempo.

"Foi intencional e uma atitude criminal dele" e "o árbitro dá permissão para a equipe médica da Itália entrar em campo. Finalmente, já era hora". Depois que o Thiago Motta tomou a cotovelada na cabeça.

"A Itália já tem o jogo mapeado e tá fazendo aquilo que sabe." Final do primeiro tempo.

"É um jogo impossível de se entender para os dois lados." Depois do empate da Croácia.

E isso sem falar nas trezentas mil vezes que eles inventam desculpa para os jogadores italianos.

Depois dessa experiência, vou precisar de uns dois jogos com ele, pra poder ter coragem de dizer de novo: Cala a boca, Galvão!
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Piores que o Galvão!

Assistindo o jogo da Itália pela Rai 1 ontem, fiquei com saudade do Galvão Bueno. Os comentaristas são muito, mas muito bizarros. As pérolas foram incontáveis. Eis alguma:

"Ele tinha o ombro avante, mas pra gente é um impedinto que pode ser discutido." Falando de um impedimento do Cassano no primeiro tempo.

"Foi uma gravata, mas não é tão sério." Sobre a gravata que o Thiago Motta deu em um croata no segundo tempo.

"Foi intencional e uma atitude criminal dele" e "o árbitro dá permissão para a equipe médica da Itália entrar em campo. Finalmente, já era hora". Depois que o Thiago Motta tomou a cotovelada na cabeça.

"A Itália já tem o jogo mapeado e tá fazendo aquilo que sabe." Final do primeiro tempo.

"É um jogo impossível de se entender para os dois lados." Depois do empate da Croácia.

E isso sem falar nas trezentas mil vezes que eles inventam desculpa para os jogadores italianos.

Depois dessa experiência, vou precisar de uns dois jogos com ele, pra poder ter coragem de dizer de novo: Cala a boca, Galvão!
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Rússia - Quando a burocracia vale mais que uma vida

PQP!

Ligam no meio da tarde pro hospital dizendo que um dos nossos
passageiros caiu e tá sangrando no Terminal de embarque.
Corro pra ver o que aconteceu, porém esqueci que estava na Rússia,
onde eles tratam qualquer pessoa como imigrante ilegal em potencial.
Como não estava com o passaporte, não me deixavam pisar no terminal
pra socorrer o passageiro que estava sangrando. Eu tentando explicar
que era um senhor de idade, sangrando, talvez com uma fratura, que
poderia morrer (sim, dei uma bela exagerada) e nada.

Dez minutos até voltar pro navio, pegar passaporte, voltar, conferirem
o passaporte (ritmo operação tartaruga pra conferirem) e finalmente
deixarem chegar até onde estava o passageiro.

Felizmente não era nada. Ele caiu, teve um corte superficial no
supercílio, mas nada de grave. Imagina se fosse alguma coisa séria?

Será que dá pra alguém explicar pros Russos, que ninguém em sã
consciência vai querer virar imigrante ilegal no país deles! A Rússia
é o único país que exige que eu preencha um cartão de imigração e
carimbe meu passaporte a cada vez que eu quero sair do navio. E não só
tripulantes. Passageiros também. E o que é pior, os passageiros só
podem sair escoltados pelos "guias turísticos" russos. Paranóia
socialista com medo dos elementos subversivos depois de tantos anos???

Ninguém merece...

Transporte público? Você não sabe o que é isso?

Hoje foi um dia que senti vergonha... MUITA VERGONHA!!!

Já é a segunda vez que venho passar minha férias na Suíça, mas essa foi a primeira vez que realmente experimentei o sistema de transporte público deles. Na minha primeira vez em Zurique andei de ônibus, trem e bonde, mas sempre com a namorada a tiracolo, o que me deixava livre para não pensar onde e como ia. Hoje foi a primeira vez que realmente usei o sistema de transporte suíço e PQP, me apaixonei.

Todos (eu disse TODOS) os pontos de ônibus ou bondes tem os horários que os respectivos passarão por aquele local. E geralmente é coisa de mais ou menos meio minuto e eles estarão ali. E os horários não mudam. Eles colocam os horários com os dias da semana no início do ano e aquilo vale até o final. Alguém no Brasil consegue imaginar isso? Você não fica preso no ponto rezando para aparecer seu ônibus. Você pode se programar e chegar no ponto junto com o seu meio de transporte e ele estará ali. Ou estará chegando. No Brasil, Rio e Niterói especificamente, a gente tem uma idéia relativa do horário e espera que não tenha perdido a condução.

Outra coisa que a maioria dos pontos já tem são displays com o tempo de espera para a próxima condução e indicando se é especial para cadeirantes ou não. E de novo, meio minuto a mais ou a menos e pronto. E todos os pontos tem o mapa com a linhas e todas as estações para a pessoa se achar. Não tem como se perder. É lindo!

Melhor de tudo são os preços. Fui comprar hoje um bilhete mensal. Você pode usar quantas vezes quiser, quantos dias quiser para todos os tipos de transporte (dentro da cidade de Zurique), seja ônibus, trem, bonde ou barco (sim, eles também tem barcos). E sabe quanto eu paguei, Lombardi? 79 Francos Suíços! Sim, trocando pra real a gente vai para quase duzentos reais, mas a gente tá falando de um bilhete realmente único, sem limite de viagens e tipos de transporte. Vale mais do que a pena. E eles tem bilhetes especiais para estudantes, cadeirantes, grávidas, idosos e o caralho a quatro! E se ao invés do bilhete mensal, você comprar o anual, o preço tem mais desconto ainda. Se pensar que o bilhete de 24 horas que eu comprei só pra hoje custou 8,20, dá pra ter uma idéia de como a coisa funciona. E se você tiver direito (ou tiver comprado) a meia passagem, fica tudo mais lindo ainda.

E para os amantes da privatização e do sistema capitalista de mercado aberto, fica o aviso. Isso funciona aqui e não é por causa da concorrência. O sistema é realmente Público! Tudo é gerido pelo governo. Não é que nem em casa que todo mundo fala que o governo não funciona e que tudo tem que ser privatizado para funcionar (o que em 98% das vezes não acontece), aqui funciona. Sem máfia, sem armação e sem esquema, conseguem oferecer um serviço de alto nível e que favorece toda a população.

E ainda querem que eu chame o que a gente tem no Brasil de Sistema de Transporte Público? Tá de sacanagem com a minha cara, Sr. 02??? É vergonhoso isso...

Voltando das férias...

Fala, cambada.

Então, quem acompanha pelo twitter e pelo Facebook já sabem que voltei pra Base Operacional européia. Daqui a alguns dias (entenda-se assim que bater disposição) vai sai a série de posts sobre as minhas duas semanas na ilha de Mallorca. É só ficar ligado.

E podem se preparar que tá pra sair também o novo layout e estrutura do blog.

Aguardem e confiem.

O pior vôo da minha vida (ou Terrorista, eu?)

Fala cambada!

Então, quem me acompanha pelo Twitter, tem visto minha saga pelos aeroportos do mundo. E agora eu tenho que falar do pior vôo que eu já tive, que foi o vôo Rio-Paris antes da conexão para Zurique. Tudo começou com a compra das passagens pela Air France. Tudo muito bom, sistema organizado e rápido e me deixava já escolher minha poltrona. O problema é que eles apresentavam as poltronas em blocos de 10 e eu não me liguei disso na hora. Comprei a passagem e escolhi a poltrona 30F achando que tinha me dado bem que ia conseguir ficar no inicio do bloco, pra poder ter espaço para as pernas... Quando eu entrar no avião, vocês vão ver onde eu sentei...

Chegando no aeroporto do Galeão, fui fazer o check-in. Dessa vez sem pagar excesso de bagagem, ainda que voltando da Europa três dias antes com malas do mesmo peso, tenha pagado 100 euros em cada uma (com a mesma companhia). Feito o check-in, os problemas começaram na hora de passar pela segurança. Minha mala de mão, geralmente tem o Mac, o iPad, o HD externo e o stand do Mac. Os três primeiros já saem automaticamente da mala antes do Raio-X, mas até anteontem nunca tinha tido problemas com o último. Passa tudo pela máquina e a tia que tava operando manda voltar a mala pq tinha alguma coisa que ela não entendia o que era (o stand do Mac que é feito de bambu e tem dois coolers acoplados). Aí vem um dos seguranças pedindo preu tirar da mala pra ele ver. Ele também nunca tinha visto um desses e chama um Policial Federal pra conferir. Policial esse que também não conhecia o modelo. Aproveitando que já tava ali, me pediu passaporte, passagem, perguntou pra onde eu ia e o escambau. No final das contas me deixou passar, mas nisso o vôo já estava na última chamada. Juntei minhas coisas, joguei tudo na mala e fui pro avião acreditando que poderia arrumar tudo direito na minha ótima poltrona. Doce ilusão...

A 30F fica no meio de tudo. Eu mal tinha espaço pra respirar, esticar as pernas então era impossível. E os meus companheiros de viagem foram uma história à parte. Na 30E tinha um cara que não conseguia ficar 3 minutos parado. Sempre balançando a perna e enchendo o meu saco. Na 29F, tinha uma senhora que acreditava que a única posição possível da poltrona era inclinada. Vontade de matar a velha pelas quase 12 horas de vôo. Mas o principal era o cara da 30G...

Imagina alguém que senta na poltrona do avião como se a parada fosse de madeira, completamente tenso. O cara suava o tempo todo, toda hora pegava um lenço para enxugar a testa. Dava pra ver que tava nervoso com alguma coisa. Aí ele liga a tela pra ver alguma coisa e cola o ouvido pra tentar escutar o programa (fone pra que?). No final ele desistiu da posição ridícula, aumentou o volume ao máximo e se resignou a não escutar nada, só vendo as imagens.

Tudo continua bem, o cara ainda suando, ainda nervoso, cerca uma hora e meia de vôo, ele me tira do bolso uma Misbaha, que são 99 contas representando os 99 nomes de Alah. Nessa hora, eu que já tava bolado, quase pirei. O cara nervoso, não sabendo como funcionam as coisas num avião, suando e ainda me tira uma Misbaha e começa a rezar. Pensei: Pronto, morri! O cara tá viajando pela primeira vez e vai explodir o avião em "comemoração" antecipada ao 11 de setembro!!! PQP!!!

Ainda tentei dar o benefício da dúvida, porque os budistas usam uma muito parecida também. Ele bem que poderia ser budista. Se fosse, tava tudo tranquilo. Só que para aumentar o meu desespero, depois de uma meia hora o cara levanta, abre o compartimento de bagagem e pega um livro na mala. Senta de novo, toca o livro na cabeça, abre e começa a ler. Isso mesmo! Ele pegou uma cópia do Alcorão! Escrita em árabe!!!

Meu único pensamento foi: FUDEU!!!!!!

Alguém tem noção do perrengue que foi o vôo até chegar em Paris? Sei que foi preconceito meu, que existem terroristas católicos, protestantes e de mais um monte de religiões, mas com tudo que se vê na TV e na internet, perto do 11/09 e todo comportamento do cara, não dava pra pensar outra coisa. Não passava nem agulha até a hora que eu finalmente saí do avião. Pior vôo da minha vida. E a segurança do aeroporto ainda achando que eu era o terrorista... Abraços.

Sobrevivendo A Bordo #01 - Esqueça o Glamour

Pirate Pax
E como prometido, vamos começar com o Guia De Cu É Rola de Sobrevivência a bordo. Porque todo mundo antes de embarcar, aprende (ou pelo menos finge) todas as regras de sobrevivência no mar. Mas sobreviver como tripulante de um navio de passageiros é muito mais difícil do que sobreviver no mar. Vai por mim, são três anos já nessa vida e pelo setor que eu trabalho, vejo de tudo. Então se você tá a fim de embarcar nessa aventura, senta, pega um papel e começa a anotar as regras. Você vai ver que no futuro, elas serão úteis.
Primeira regra e a mais importante de todas. ESQUEÇA O GLAMOUR!!! Não existe glamour em um navio de passageiros. Pelo menos não pra tripulação. Tira da cabeça que você vai embarcar e vai conhecer lugares diferentes, vai brincar de trabalhar, ganhar em Euro e curtir a vida. Como diria o Padre Quevedo (ainda tá vivo essa praga?), isso non ecziste.
O trabalho aqui é pesado e puxado. Primeiro de tudo, fim de semana você não sabe o que é mais. Na verdade, a maioria dos tripulantes não pensa em dias da semana e sim em portos. Domingo pra mim não é domingo, é Savona. Do mesmo jeito que segunda é Napoli e terça é Catania. Depois de duas semanas dentro de um navio, você não consegue mais conectar com o tempo aí fora. Tenha certeza disso. Feriado também não existe mais. O navio não para e muito menos você pode parar. São sete dias de trabalho na semana sem folga. E quando eu falo dia de trabalho eu tô falando de jornadas que no papel são de onze horas, mas que num dia ruim podem chegar a 17, 18. Com uma ou duas horas enfiadas no meio pra você poder comer alguma coisa. Glamour? Glamour não existe.
Falando em comida, você deve imaginar que todo dia é dia de lagosta, cozinha internacional e o escambau, né? Na verdade, não. Nem pros passageiros rola isso tudo, imagina pra tripulação. A comida aqui varia do ruim pro bizarro, mas isso é assunto pra outra regra. Está aqui só pra mostrar que glamour não existe!
Mas cada um tem uma cabine, né? Desculpa te dizer, mas não. Na maioria dos casos, você vai dividir a sua cabine com outra pessoa e o banheiro com três. E fique feliz por isso. Nos navios mais antigos, as cabines são pra quatro tripulantes e os banheiros são coletivos e nos corredores. E não pense que aquele amigo que você fez no curso antes de embarcar vai cair contigo. É sorte. E na maioria das vezes você vai acabar dividindo a cabine com um indiano que não toma banho ou com um filipino que sua purpurina. Quem já foi ou é tripulante sabe do que eu tô falando. E não tem como reclamar. É aquela pessoa contigo até o fim do seu contrato. Tem a manha? Achou o glamour? Nem eu. E antes que eu me esqueça, as cabines mal tem espaço para quatro pessoas dentro e NÃO tem janela.
Ah, mas você conhece o mundo enquanto ganha pra isso? Conheço? Quem me procurar no foursquare, pode ver todas as mayorships que eu tenho. Foi? Voltou? Bonito, né? Isso mesmo, a grande maioria delas (senão todas, não lembro agora) são apenas os portos. Claro que rola conhecer um pouco das cidades, mas na grande maioria das vezes, o que você acaba vendo são só os portos. Quando consegue. Durante um tempo no norte da Europa, tive um colega que trabalhando na galley, ficou dois meses sem conseguir colocar o pé fora do navio. O horário de trabalho dele era justamente o horário que o navio tava no porto. Cadê o Glamour?
Mas o que eu quero mesmo é melhorar o meu inglês, você vai me dizer agora. Beleza. Mas fique sabendo que a não ser que seu inglês se resuma a "The book is on the table", você vai terminar seu contrato com um inglês pior do que aquele que você chegou. Filipinos não conseguem pronunciar os "efes" das palavras. Então French Fries vira Prench Pries. Indianos tem um sotaque que muitas vezes parece que eles tão falando com você em hindi. A grande maioria dos italianos não chega nem ao nível "The book is on the table" e não conseguem pronunciar o H no início das palavras. House pra eles sai como Óuse. Ah, mas em uma companhia italiana, você deve ter melhorado o seu italiano, né? Em partes. Enquanto no Brasil a gente tem uma língua com sotaques e gírias diferentes, os italianos tem dialetos. O meu italiano é aquele genovês, o que se aprende na maioria dos lugares fora da Itália. Me manda tentar entender um Napolitano, um Siciliano ou o pior de todos um Sardo falando em dialeto. É completamente diferente. Tem horas que chega a dar medo. E cada região tem seu dialeto diferente, que eles defendem com unhas e dentes. Todos falam italiano, mas um Romano fala diferente de um Milânes que por sua vez fala completamente diferente de um Pugliese. Glamour??? Passou longe.
Acho que deu pra dar uma idéia, né? As regras continuaram, não digo quando, porque vai ser quando me der na telha enquanto eu estiver a bordo. Então já sabe, viu o navio pirata, tem mais ajuda pra vocês que querem virar marinheiro de primeira viagem. Abraços.

A Game Of Thrones

E já que estamos falando de tronos hoje, não posso deixar de falar de A Game Of Thrones. Fazia tempo que eu não lia nada que me fazia sonhar com o assunto, mas depois de começar a ler a série escrita pelo George R. R. Martin, faz mais de uma semana que eu tenho sonhado com um reino em Westeros. O cara usa a fantasia mais como pano de fundo, do que como verdadeiro tema. O importante nos livros não são os "Others" ou os dragões ou os "skinchangers". O importante é o jogo dos tronos.

Mais do que uma série de fantasia, essa é uma série "política". Não no sentido panfletário, mas no sentido mostrando alianças, traições e toda a ganância pelo poder. A série não possui um personagem principal. Existem aqueles por quem a gente acaba se aproximando, torcendo a favor e contra, mas o escopo não é esse. O escopo é mostrar todo esse jogo na visão dos vários personagens. Cada capítulo dos livros é narrado do ponto de vista de um personagem, com as suas expectativas, medos e problemas. Muitas vezes vemos uma ação de um deles refletindo no destino de outros. Ou um passando por uma parte de Westeros que o outro acabou de passar sem que eles se encontrem. O tempo não é linear. O autor vai e volta. Mostrando em um capítulo uma grande batalha vista pelos olhos de um anão e no capítulo seguinte somos catapultados duas semanas avante no tempo e temos um outro personagem se recompondo depois do fim da batalha. E muitas vezes você só descobre onde está e o que está acontecendo na metade do capítulo quando aquele personagem começa a pensar em tudo que aconteceu desde o final do seu último capítulo, que poder ter acontecido vinte capítulos atrás, até aquele momento.

Os personagens são bem construídos. Mesmo que alguns sejam um pouco caricatos demais, esses servem de contraponto para a verossimilhança da maioria. E por mais que você tenha o ponto de vista de um personagem para estar realizando aquela ação naquele momento, geralmente não sabemos todos os seus motivos para fazer aquilo. Algumas vezes quando algum outro personagem olha a ação do primeiro, entendemos qual era o objetivo inicial.

Pra quem gosta do gênero fantasia é uma ótima pedida. Pra quem quer só uma leitura para passar o tempo e não tem preconceitos com o gênero vale a pena também. Abraços.

P.S.: pra efeitos de constagem, ainda não vi a série da HBO. Vou deixar pra ver nas férias.

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Watch The Throne

E chegou o dia. Depois de atrasos, atrasos e mais atrasos finalmente saiu "Watch The Throne" o primeiro CD creditado à dupla Jay-Z e Kanye West. Por mais que o Kanye esteja cansado de produzir músicas e criar beats pro Jay-Z e o Hova faça várias participações nos CDs do Kanye, esse é o primeiro disco que eles fazem juntos. O Jay-Z já lançou três discos em conjunto com outros artistas. Dois com o R. Kelly (The Best Of Both Worlds e depois o Unfinished Business). Com o primeiro eles até fizeram a turnê "Best Of Both Worlds" e rodaram os Estados Unidos. E fez também o mash-up com o Linkin Park. Mas só agora finalmente saiu o disco que une um dos grandes mestres do flow com um dos maiores beatmakers em atividade no mercado.

E esse CD vem mostrando o porque deles serem tão importantes para o cenário atual do Hip Hop/Rap. E mostra também que eles sabem que são os melhores (cada um tem sua opinião).

Eu sou fã dos dois e acho que eles se complementam muito bem, trazendo estilos diferentes de cada lado. O dia inteiro hoje, o CD esteve nos Trending Topics mundiais no Twitter. Desde que o CD foi disponibilizado para download na iTunes Store, todo mundo falou dele. Em uma primeira audição, as músicas dão um feeling de reconhecimento. Daquela coisa que já tava na sua cabeça e só agora veio pra frente. Elas têm uma pegada do Hip Hop dos anos 80 e por isso dá essa sensação. O que é bastante agradável. Te oferece algo novo, mas com um "disfarce" para não causar estranheza. Cada um que ouça e diga o que achou. Os comentários estão abertos.

P.S.: Esse CD não foi feito para ser ouvido com headphones. Use as maiores e melhores caixas de som que você conseguir achar. Depois você vai me agradecer.

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Pôneis Malditos

E um dos maiores hypes da internet nesse momento são os famigerados Pôneis Malditos da propaganda da Nissan. Uma propaganda pra TV que está se tornando um dos maiores virais dos últimos tempos. Ninguém consegue tirar isso da cabeça depois da primeira vez que ouve. Se procurar na internet dá pra encontrar até uma versão metal para a musiquinha que eu achei melhor nem colocar aqui. Já o Cardoso colocou o jingle no seu tumblr dizendo que será seu próximo ringtone. Quer também? Clica aqui e vai lá. E agora com vocês, os pôneis malditos.

- PÔNEIS MALDITOS, PÔNEIS MALDITOS, VENHA COM A GENTE ATOLAAAAAAR!!!


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Ship's Life (ou #trabalhodecorno)

Cambada, a casa tá caindo presses lados de cá.

Quem me acompanha no twitter tá ligado na bagunça que tá sendo esse final de contrato. A contagem regressiva ainda tá rolando, mas pode ser que sejam adicionados mais 14 nessa brincadeira. E faltariam somente 12 dias.

Tudo começou no longíquo último domingo (Savona para os íntimos ou o pesadelo de toda semana para os mais íntimos ainda). Quer dizer, na verdade a bagunça começou mesmo ano passado quando eu aceitei embarcar nesse navio, mas isso não importa para a nossa história. Continuando. Domingo passado, quando faltavam míseros 14 dias pra cumprir de pena, me chega um e-mail da sede da companhia em Genova (nota, o e-mail chegou quase dez da noite), me perguntando se eu poderia ficar mais duas semanas, que eles estão com problemas de pessoal e tal e coisa e coisa e tal. Não respondi. Primeiro pq não vi mesmo. Só fui ver no outro dia. Mas só de sacanagem (nunca me deram nada de graça, mesmo) resolvi deixar pra responder hoje. Aí ontem a noite me preparando pra dormir, uma das minhas enfermeiras me liga dizendo que o Diretor Sanitário tava chamando todo mundo no hospital. Eu já fui pensando que deu merda. Tem alguém morrendo ou coisa do tipo. Antes fosse…

Naquele momento fomos informados, que por problemas de pessoal, um dos outros navios iria ficar só com uma enfermeira a bordo e para que isso não acontecesse, iríamos mandar uma das nossas de brinde para eles. Ou seja, depois de oito meses a bordo, já contando os dias para ir embora, recebo um pedido pra continuar mais um pouco e depois uma carcada dessas. Ninguém merece.

Mas esse é o tipo de "organização" que a gente tá cansado de ver nessa Companhia. Se você pensar que o chefe do Departamento Médico dos 13 (se não me engano) navios da Costa, mais 03 navios da Ibero e mais dois da AIDA é um cara que não conseguiu fazer melhor do que ser um 3º Oficial de ponte. E que o seu segundo em comando nunca foi mais do que um Photo Manager, já sabemos o que podemos esperar...

No final, acabei respondendo meu manager. Mas aproveitando que a merda tá subindo pra ele e quando a merda bate na bunda todo mundo pula, pedi mundos e fundos. Se não me der o que eu quero, não fico nem um minuto a mais do que o tempo que já fiquei além do meu contrato (É ótimo negociar com a faca e o queijo na mão). Agora é esperar pra ver. Abraços.

P.S.: O projeto de reformulação para a versão De Cu É Rola!!! 3.0 está programado para acontecer assim que eu conseguir sair de férias. Aguardem e confiem.

P.S. 2: Pra quem não sabe como me achar no twitter: @aztronauta (duh! achou que fosse colocar o que? @ermenengildo???) E sim, teremos um botão em algum lugar do layout novo com o link do meu twitter e integração com redes sociais.

P.S. 3: Pra quem não sabe, 3º Oficial de ponte é o cara mais bunda que existe numa ponte de comando. Só perde quando tem algum cadete na jogada. E o cara não conseguiu passar disso…

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Ainda é o Galvão???

E hoje teve Formula 1. Corrida em Nurburgring. E eu como já é normal, assistindo a corrida no canal italiano Rai 1. E tenho que falar que a diferença no nível de narração e comentários que a gente tem na Rede Glob, no Brasil é absurdo.

Pergunta pra quem viu a corrida, depois que o Massa rodou, na hora que mostravam o aerofólio traseiro danificado, o que o Galvão falou? E o Reginaldo Leme? (os nomes podem ser trocados para qualquer par de narrador e comentarista, o efeito é o mesmo).
Aposto que entraram na linha do "Acabou a corrida do Massa", ou "O Felipe perdeu a corrida por causa do aerofólio" e coisas do tipo que já estamos acostumados. Na Rai, os comentaristas estavam discutindo entre eles se isso traria problema ou não e discutindo o pq. Falando do problema aerodinâmico que aquele pedaço danificado "poderia" causar e explicando um básico de fluxo de vento e o tudo. E na maioria das corridas é assim. Os caras parecem realmente do que estão falando. E eles principalmente não torcem e arranjam desculpas para esse ou outro piloto. Faz tempo que eu não assisto uma corrida na Globo, mas não penso que tenha mudado tanto.

Mas tenho que concordar que inserir comerciais no meio da corrida é absurdo. E NÃO! Eu não falei inserção virtual. Eu falei inserção de comercial... Nem tudo é perfeito.

P.S.: como eu demorei quase 20 voltas para escrever esse post, avisaram o Felipe que o aerofólio parecia estar funcionando bem.